baile de mascaras
entrar no sítio do costume
novas caras, ideias maneiras de ser
mas sempre o mesmo cheiro a mofo
de gentes escravas do vazio desumano
estudando a arte de enganar e se apoderar
estudando como copiar e desaparecer
estudando a não pensar e criar
ficando assim dormentes ao sentimento
este lugar mente dentro de mentiras
já poucos conhecem alguma realidade
já poucos possuem alguma identidade
neste lugar o não poder é já poder
é como se alguém te decreve o óbvio
mas o obvio já foi mentido e controlado
no óbvio já ninguém acredita nem sabe o que acreditar
aqueles que pensam estão destinados a uma luta
uma luta sem fim nem príncipio e tão pouco vontade
uma luta desigual contra-poder de um poder mascarado
neste baile de mascaras o homem só pode morrer
neste baile de mascaras o homem nem pode ser
neste baile de mascaras ninguém encontra saída
este baile de mascaras está viciado
este baile de mascaras já foi controlado
neste baile de mascaras azedas o porco já triunfou
29/11/2002
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