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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

quarta-feira, junho 21, 2006

sem lua

e vinha o laranja pela manha, e eu espreitava o céu à espera de um sinal de esperança. à minha frente, dormia serenamente uma arvore que deitava a sua sombra sobre o meu corpo enquanto as suas folhas verdes escuras libertavam uma fragrância, suavemente exótica, quase inebriante, quando em simultâneo com a brisa fresca que senti nesta matina.
viajar agora é perigoso tendo em conta o sol que liberta o meu corpo e a liberdade que respiram os meus pulmões, depois de ter percebido que era mesmo o fim do nosso caminho, deixei a mente em banho maria à espera de sentir o verdadeiro e autentico amor... seria necessário para isso ganhar esta nova auto-estima que corre hoje pelas veias, este descanso solitário em que os corpos deixam de passar por mim como o vento pelas papoilas.
agora podem questionar... como vives sem a lua? como vives na escuridão da noite sem o azul do seu coração que ilumina os caminhos e as peripécias da vida? como deixaste para trás o seu cheiro enigmático e sedutor que se reflecte nas pequenas montanhas do mar? chegas à noite sem que a sua forma redonda e suave te visite o olhar?
e eu respondo que não sei como vivo, sei que não quero uma lua de papel e deixei de me contentar com aquela lua ilusória cheia de brilho na superfície e de interior vazio e solitário de vida. sei que não quero uma lua de cosmética nem para enfeite natalício! na verdade a lua vive dentro de mim da mesma forma que o sol me aquece num outono frio, espero pela lua que compreenda o meu sol, como a onda do mar que dança junto ao corpo da areia de uma praia.



tirada de http://machgogo.air-nifty.com/