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e que brilho moribundo tem essa tua pele toda a descascar a perder o seu ritmo e suor na penumbra da solidão. sinto como se o teu corpo estivesse nu, vendido, derretido e eu que tanto te conheço e que tanto estive contigo dias e dias a fio deitado nos mesmos lençois vejo-te a escorregar numa espiral descendente, a palavra certa é degradação humana, ausencia de calor, de personalidade, de encanto, de mistério, de sedução... passaste a ser uma mera figura mercantil que pode ser trocada, vendida, leiloada, descartada, abusada, explorada... no dia que marchaste em obediência à moda publicitária deixaste de ser mulher, deixaste de ser homem, deixaste de ser de carne e osso, és um mero produto de uma industria de objectos e passas por maquinas que ajeitam o cabelo, formam um sorriso, despem-te a roupa e ficas a nua nesse teu nu já sem sonho.
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