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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

domingo, maio 14, 2006

retrato

sua maquete desidratada, boneca de cinema em pose de anúncio de champô
ardes e ardes cá dentro e cada vez que sinto no sonho a tua pele a vontade é de vomitar... eu não quero ser homem nesta luta por não gostar de ti... olha o que te tornaste? olha como és apenas um retrato com um sorriso sem sorriso?
e como foste capaz de gostar de mim? eu que vivo pela liberdade e tu pela prisão? eu que luto pelo espírito e tu que lutas pela posse?
e tão bem que fica o preto e branco dessa face aliviada por ser nada... a falta de cor nesse teu físico assassinado... e que tão perfeito se mostra esse sorriso desfragmentado que delicia os amantes da babilónia!
preferia mais que não tivesses morrido e tivesses sido morta a viver. assim morreste dentro da morte e não sinto nenhuma memória de ti a não ser um retrato que pintei na era da inocência do instinto.