o purgatório
não há nada verdadeiro nesse teu andar, já deves estar farta de rodopiar sobre esse teu umbigo morto. não és mulher, não és homem, não és criança, muito menos real, não passas de um acto de fé do status quo.
e um dia, embora não te lembres, ainda estavas a tempo de te salvar. agora reza para que a tua morte venha bem cedo, o caminho agora é sempre a descer. no afundar encontrarás o perfume encantado da vida chamado mentira.
nestes teus últimos dias na terra, queria que fossem sem dor, apesar de saber que esse caminho da ausência foi tomado sobre teu julgamento e decisão. e embora mereças toda a dor que o tempo trará doí-me pensar que vás sofrer dessa maneira tão horrível e bruta.
e dentro desta bola de cristal que o bom senso me ofereceu, já nem vislumbro uma ponta de sorriso nesses teus lábios que tanta oportunidade tiveram de crescer belos e sedutores.
e as tuas amigas pop que saíram todas de uma maquina de fotocopias e que te levam a reboque para a sua quinta da monocultura, da mono sílaba e do mono pensamento poderão cantar todas em simultâneo nesse karaoke espalhafatoso com os pulmões cheios de ar enquanto o teu coração se eclipsa com tanta estupidez colectiva.
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