no mundo em que o mudo fala e o surdo ouve
mudo o mudo? falarei para o surdo? como te posso dizer que a vida é tão bela? que tudo isso se esconde no sítio que mais receias?
bastaria parares e sentires o vento a brincar com as tuas orelhas... deixar que os pelos da tua pele se levantem e dancem ao som do seu zumbido leve e agradável. deixar que o sol te estremeça e acalme aos poucos.
assim sorririas para a vida, como se anjos te levassem para um paraíso distante de onde pudesses ver o mundo com outros olhos.
tanto gostaria de te explicar se por momentos deixasses de ser surda e muda, se por momentos virasses para mim os teus olhos e o teu coração, se só por momentos vejas que tal como tu também não sou mudo e tal como tu desejo caminhar contigo na luta descontraída do amor e no meio de tantos protestos e tantos nãos soltaremos da forma mais descomplexada o nosso sorriso.
de momento nunca imaginarás que a vida mais simples e harmoniosa com a natureza não se trata de uma abstinência ao conforto nem de uma luta contra ti, trata-se sim da tua essência, aquela que ainda só ouves se te aventurares um pouco a parares todo o teu movimento automático.
e tu, que tanto falaste para a natureza, que tanto sonhaste com a amor, com a alma gémea e felicidade e que agora, tudo está ao teu alcance, não será hoje a altura certa para parares e seguires sem medo esse movimento?
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