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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

domingo, novembro 13, 2005

as coisas que nos alimentam a alma

e que tanta insanidade te derrube!
porque levas tantas coisas contigo? preso ao teu corpo tecidos em cima de tecidos que escondem teu corpo descuidado, perco-me com tanto plástico que possuis e apodrece o ar, são tantas coisas, tantas formas, tantos desenhos, tantas cores sem sentido e sem natureza.
candeeiros soltos, pinturas abandonadas para as quais nunca olhaste verdadeiramente a não ser quando eras criança e pensavas sem pensar.

tantos fios ligam os teus aparelhos electrónicos e luminosos, que com os quais passas horas e horas a fio pisando quadradinhos com os dedos, absorvendo uma energia imensa que se solta da caixa que tanto gostas, olhas para ela com toda a emoção nessa face cansada da ausência de vida lá fora...

destróis a tua própria vida com as tuas posses sem sentido... até pessoas já possuis sem te aperceberes, para ti tudo são objectos que criaste a partir da tua abstracção do real. porque és assim? porque somos assim tão agarrados a objectos inanimados? com medo de uma vida sem nada para possuir, sem nada para comprar?

temos medo da liberdade, do arrepio que nos afronta a alma, das vozes puras e descontraídas, dos movimentos desprovidos de complexidade... temos medo da nossa própria vitalidade, do nosso verdadeiro estado de liberdade... sem posses, sem abstracções conspiradoras, sem profissão, sem religião, sem ideologia, sem grupo, sem poder.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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2:03 da manhã

 

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