drogados e luzes
e que bando de tecnodependentes invadidos pela ânsia dos pseudo-lazeres... para quando paras de tomar pílula que deixa-te dormente, a pílula que deixa mudo, a pílula que te deixa burro? de braços descaídos, joelhos semi flectidos, cabeça solta no meio desse teu corpo inerte caminhas como um bêbado na madrugada orgulhoso de teres tanta roupa engomada dentro da tua caixa de roupa...
luzes, luzes, luzes, endiabradas, sedutoras a esconder a noite da pobreza... e fuma mais um para fugir, e bebe mais um copo para esquecer enquanto te deixas ludibriar pelo som esfumado da electricidade e escondes a tua pele da mão pesada enquanto a passeias pela mesa fórmica da tua casa asfixiante, perturbante, quadrada... e depois enfia esses teus dedos pela tomada da tua televisão, assim levantas esse cabelo penteado, enfia lá com toda a força para sentires qual a verdadeira emoção da tua televisão!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home