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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

sexta-feira, março 11, 2005

com poder contra o poder

o poder finca suas garras sobre o indefeso mudo na esperança que o mudo mude para surdo...

o poder fabrica todos os sonhos e amor para quem desistiu de amar e sonhar...

o poder impõe com toda a sua força e prepotência os seus sonhos e amor a quem insiste não desistir do seu canto e retrato incondicionado...

o poder pega em tudo o que é verdadeiro e transforma-o em falsidade eloquente e requintada…

mulheres, negros, homossexuais, idealistas e todos os habituais inimigos do poder são muitas vezes, na tentativa de encontrar espaço para a sua condição e cultura, engolidos pelo o próprio poder transmutando a sua posição de oprimido para opressor, de visão dissonante e desviada para visão unilateral e normalizada...

viver em igualdade e sem poder nunca é nos tornarmos iguais, marchar em obediência ao capital e todos os tipos de autoridade mas sim ter o mesmo direito, espaço e ar para a nossa própria condição e cultura, ancestral ou não, partilhada ou não.

para o acabar do poder é necessário renunciar à posse e ao conforto do mundo unidimensional imposto pelo poder mascarado de amigo...

não desistas da tua condição, da tua cultura, da tua raça, dos teus ideais, da tua luta incessante, do teu amor, da tua vida em liberdade, da tua felicidade incondicionada...

vive na penumbra da tua sombra, no limiar da loucura mais sã, no profundo amor e simbiose da vida!



eles comem o mundo