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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

terça-feira, novembro 14, 2006

perdi o que tinha?

juntos vamos desmascarar e recitar, a alegria em fulgor da festa em vigor! tudo serve para esquecer a ressaca da dor! mistelas de álcool, frenesim teatral, loucuras pérfidas que sabem a cosmético insosso!
assomados pelo tempo, a cambalear feitos títeres, a apaziguar a sua solidão indiferente, o amargo vazio torna-se estonteante. nada é o que sonham, as utopias derrubadas, as quimeras queimadas! em criança eram o mundo, em criança transpiravam a beleza genuína e a festa pueril!
agora junto-me a vós? beber um pouco dessa bebida bem forte, e será que perdi o que tinha? agora restará o pó? e a morte? estará ela aí na porta do meu quarto? serve aí sem medo mais garrafa de absinto para me ausentar desta dor sem fim! que mal fará por momentos esquecer a angústia de viver?
trabalho é a navalha em dever, da proibição do brincar e das vidas encharcadas no terror de viver memórias quando as salas do direito ao papel e metal abundam-se de fantasmas conspiradores desta realidade absurda!
escravos do trabalho, tudo se transforma em desfiles de modas, resta-me esta luta ridícula contra este paradoxo que nos obrigam a viver.
e apesar de vez em quando ávido e devorante e apesar de por vezes obediente e escravo dos números bancários não me canso de dizer: são as contradições que por vezes nos fazem fortes, porque um dia passará o tempo e virá o deleite eterno e em cantar uníssono vamos todos festejar o fim do capital!

imagem tirada de: http://oswaldism.de