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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

segunda-feira, novembro 06, 2006

segurança

e espreito tudo o que já senti e o orgulho que engoli, o amor que nunca morreu mesmo após desvitalizado, a paixão que ainda bate, o corpo que ainda pede o aconchego.
estou aqui neste inóspito espírito, desassossegado clamando por corações! eu sou este braço que atravessa a porta, sou o terreno que pisa os pés, a luz que esfrega a clareza da mente! espera por mim coração inabitável, deixa aí um pequeno canto para as minhas botas; elas percorreram o auge do sofrimento e visitaram as mais pacatas aldeias!
vencedor das lutas perdidas - dá-me um copo de vinho, uma mistela de álcool, uma discoteca sem alma, uma cidade sem pastoril, um corpo sem atracção, uma alma com dono! estou farto disto, e esfrego os tímpanos furados, a boca a arder, o coração a derreter! estou farto disto! quero sair de fora para dentro do corpo, e construir uma muralha mais alta que a minha testa envolvendo o físico. vamos lá acartar o cimento e construir os muros! juntos, eu e a minha alma de amor; juntos içaremos o nosso graal! completamente alucinados, eu abraçado a mim, sem dor, sem visitas, sem promessas descabidas, amores falsos, nem almas pérfidas; sem obsessões de posse, nem traições sofredoras. o paraíso da vida é a segurança da solidão!

imagem tirada de: http://chronicle.uchicago.edu