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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

quarta-feira, setembro 13, 2006

solidão

a multidão parece sonegar uma solidão premeditada; e as ruas, cobertas de personagens sem sorrisos nas faces; nos centros comerciais, pessoas apressadas e sedentas de objectos afligem-se com os preços. naquele momento podem escamotear a sua letargia mental. as cores, vivas e inebriantes tornam os olhos perplexos, abertos com medo que de falhar alguma montra, alguma promoção.
a solidão corrói, a solidão dói. a grande mesa, envolta de cadeiras, do banco mundial, acumula notas, tudo sem o mínimo pesar na consciência, notas que transpiram a solidão, a morte prematura, o desapaixonar, o sofrer. enquanto isso, as doenças mentais, os antidepressivos, os suicídios, a violência desmedida são sintomas desta grande dissociação entre os indivíduos. entre a visita à montra e novela de fim de noite algo se perdeu, algo morreu... a noite chega sem sonho, escravos do tempo viramos quase videntes porque todos os dias passam igual!