.comment-link {margin-left:.6em;}

não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

sábado, abril 30, 2005

futuro deserto verde, viscoso...

tenho fé que consigo saber o futuro porque parece que estamos todos presos nesta mesma rotina sem saber porquê! fumo sobe as colinas, as chamas passam de arvore em arvore sem que a chuva acorde, os motores, roldanas e engrenagens de grandes fábricas industrias imitam o nosso movimento sempre igual, todos os dias sempre igual, a repetição como um tic tac de um relógio que pouco a pouco o volume do seu som cresce dentro das nossas cabeças... TIC TAC, TIC TAC, TIC TAC, TIC TAC...

sinto que em breve nenhum de nós conseguirá ouvir os gritos de alguém em dor, em desespero... os sons cada vez mais descontrolados controlam já todos os nossos movimentos, nem a nossa solidão está descansada o TIC TAC impede qualquer um de pensar, amanha o seu som já será tão alto e distorcido quem nem parecerá TIC TAC, começará a se ouvir TIC TAC, TIC TACA, TICATA, ITACA, ATACA, ATACA, ATACA... e já consigo sentir os ossos a estalarem, o sangue a saltar, os saltos com os dentes em direcção aos pescoços, como se de vampiros de histórias fantásticas se tratasse...

o céu que era azul está agora cinzento, o verde da primavera transformou-se num liquido viscoso e ácido que mata tudo o que lhe aparece à frente, o amarelo das folhas de outono é a cor da areia do deserto que cobre todo o planeta... O mar nem se vê e há ainda quem sonhe que esteja a grandes profundidades que se cavarmos o buraco mais fundo pela areia do deserto, encontraremos uma outra terra igual à antiga, que se escondeu com o medo das máquinas e fumo de veículos motorizados barulhentos...


terça-feira, abril 19, 2005

hidden expectations


a milion eyes trapped in this giant cage
screaming for a better life, for a better way
i know now i found my way underneath it all

now the all world is trying really hard to choke my happiness
its all the world telling me how to live
with judgments so severe... but im really so, so, so far way...

im sorry for your sad, up tide lives
im really going to live my own way...
im sick of you telling me what to do,
i will never bow down to your gods!!

i don't give a damn if you can't be sincere
i don't give a damn if you can't be me...

come back all of you one day...
when you learn how to live outside your boxes

i see dead people trying to figure out my smile
im sorry all of you i can't be humble in this moment
im so tired of envy and all those hidden wanna bes
my happiness doesn't determine a sad fate for you
its not my smile the cause of your loveless soul

i write these lines hoping for a clear view
to all of you with hidden expectations
bitting your tongues, scraping you nails
trying so hard to make every moment count as a lie

to... all the liars in the world
i will never portray a plastic face
i will never be numb to my heart
i will never be you and you will never be me
its all just creations of your mind in disillusion

sexta-feira, abril 15, 2005

trono da morte


tirada com a maquina da joana

ergam-se a partir do solo, atacam o chão onde pousamos os pés, criam raízes destrutivas. criam-se paredes de betão mais altas que as nuvens, objectivo, ser tão alto quanto um deus para olhar o planeta de cima e deixar as raízes tirar todos os nutrientes à terra... mais que uma árvore parasitária é uma mensagem à terra, hoje seremos deuses e amanhã celebramos a tua morte e nos sentamos ao trono.
terra nunca quis um trono, para ela nem existia tal parvoíce, nós o criamos para dominar a nosso lar como se ele não nos tivesse dado o suficiente para sorrir... como se para ele houvesse alguma luta para travar, algum trono para reclamar...

agora sentados sobre o grande trono de merda que criamos e atacando todas as moscas que o cheiram estamos hipnotizados como o vazio que somos e o nada que seremos!
Agora remamos contra as marés na esperança de tirar tudo à terra antes dela sucumbir já sem pés e braços com o pulmão preto e sujo com o coração a mandar lágrimas para as artérias...

até lá espero que te continue a ouvir e a respirar o ar já cansado mas sempre com o amor incondicional que deste a tod@s que te habitam...

para terra: desculpa-me mesmo minha fraca dedicação à luta contra a tua morte...

sexta-feira, abril 08, 2005

o tio patinhas da cruz

e que deus vês tu?
mulheres sem cabeça, homossexuais sem filhos...
e tua grandiosa riqueza e luxúria?
que humilde jesus dizes tu seguir quando nem as tuas vestimentas escondem o ouro que roubas à fé?

a tua morte causou-me a indiferença devido à enorme diferença dada entre a tua morte e do pobre, o esquecido que tanto dizes defender enquanto nadas como tio patinhas pelo dinheiro que provavelmente até utilizas em apostas de máfia.

e morreste como qualquer outro homem no sofrimento da doença e se jesus fosse realmente filho de algum deus com certeza nao chegarias ao céu nem tão pouco escapavas às mais quentes chamas do inferno!


com certeza nem às nuvens chegarás
tirada com a maquina da joana