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não há erros gramaticais ou morais, há maneiras de pensar. eu escrevo a dançar pateticamente uma musica sem som!

domingo, julho 30, 2006

sonho vivo

nele gentes amam-se sem limites e as janelas abrem-se a qualquer momento sem serem ordenadas os pássaros cantam sem os pulmões pretos e o verde dança alegremente ao balanço do vento o pensado é realizado o impossível é exequível, a esperança não estiola o amor é eterno.
não há regras imutáveis e os corpos não se definham com a amargura. nele a luta é prezada e não é somente um capricho de rebeldes idealistas.
o coração bate, as vitórias são desprezadas e as crianças não são desautorizadas a pensar os velhos a agir e os adultos a brincar.
e neste sonho não tão simplesmente sonho como vivo!

colegas da vida

coração indolente coração franco coração apaixonado coração sumido coração revolucionário coração defunto coração vivo coração infantil coração transtornado coração indomável coração mutilado coração desdobrado coração amado

sábado, julho 29, 2006

pensar pensar pensar pensar! crime da sinceridade

eu nunca pedi para ter liberdade, muito menos de expressão, como todos, sou a liberdade e da minha boca sai só a lhaneza. não serei o poder da razão, terei o simples poder de uma identidade genuína.
e podem jogar com a minha insegurança ou as anormalidades invulgares, clamando pela sua inconsistência popular e raciocínios desviados dos preitos sociais e culturais.
não pedi para ser livre, mas na verdade não presto qualquer vassalagem de pensamento ao status quo e todo o enleio que causa o meu som a quem me rodeia baseia-se no medo da liberdade, de viver de janelas abertas, com o sol a tocar os lábios e o coração ao léu.

sexta-feira, julho 28, 2006

ficar pelo caminho

o teu silencio é uma mordaça sobre a minha boca
a tua nudez inspira o ludíbrio idealizado
fala, fala, faz explodir essa maquete desidratada que sua sobre o teu corpo
engoles estas linhas de poema irascível ai deitada sobre palha prestes a incendiar
nada, sou nada e sou tudo, e durante tanto tempo agarraste o meu corpo sem nunca saber captar o rio de brilho sedutor

que raio de voltas tás a dar nessa cama, a pensar sobre o que não és e vais ser
há alguma coisa maior nesta terra do que o céu para que desistas de o ver?
segue, segue, direitinha sem falhar essa linha desenhada para ti com tanto amor pérfido e carinho cínico
és a pérola da sociedade frívola, o diamante do preito instituído
mas a tristeza bate-me mesmo no fundo porque eu só me lembro das tuas mãos a desenhar o mar e o teus olhos a seguirem o cheiro do vento e brisa da terra!

sábado, julho 22, 2006

voltas e voltas mentais

inconfundíveis estas lágrimas de suor, o trabalho para esquecer as marcas deixadas por uma aventura perdida. e lembro-me como esqueci o dever de ser, transmutou-se no centro de toda a azafama em viver!
e hoje resta-me o que não deixei para trás, a vida em desnorte e os sonhos pueris. amiga eras, e com os nossos corpos ensaiávamos a peça de uma futuro admirável, era como olhar o céu perante uma torre que desaparecia nas nuvens e não sentir o corpo a cair.
e tu agora como te chamas? que musicas ouves? que coração bate ai nesse peito que toquei? que palavras ecoas? estarás coberta de lirismos e puerícia como nos tempos em que o teu coração era daquele que sonhaste?
vejo-te num enleio constante sem memórias de raízes fracas e pensamentos altivos e faustosos. mas estes olhos a esta distancia e atarantados pela queda só avistam banalidades e ninharias perturbantes. desculpa toda a minha lisura nos tempos em que o meu corpo cansou-se da luta pelo amor! e sei que não tens culpa da tua debilidade emocional, e que agora com certeza vives no pesadelo recôndito de ter e não ser...

sexta-feira, julho 14, 2006

v i a g e n s

macio vermelho
o preto combina bem com a tua loucura
as palavras sem sentido são sinal de sanidade
o jogo dentro do amor
a verdade oculta de desejo

quero dar-te uma flor
e sentir a tua diferença na ultima gota do meu sangue
nao julgo aparencia, muito menos palavras
senti o corpo numa dança interminável
senti que nao sentes o que senti
mas que sentirias o coracao noutras vidas

todos os meus medos sao verdade
e mudo fico? ou mudo-me de sítio?
espero então pelo teu sinal
não és amor, não és paixão
mas serás como outras? que experimentam o corpo
dançando sobre o meu num jogo sem sabor?

na verdade estou farto da sedução
e de penetração
o amor livre, nao é livre sem liberdade
por isso espero pelo som da vida e luta
quero sentir os altos e os baixos dos meus pulmões
quero o abraço apertado e sincero
sem necessidades, ou inseguranças
gostaria de encontrar a noite no dia!