café, a arma anti-revolucionária (amanhã não bebas café)
hoje ordenam os reflexos e o movimento é em ruptura com a harmonia de deus(?), jogos, imagens coloridas uma após outra, a beleza virada em vulgar nas 1001 imagens que ultrapassam o sono, o desmaio...
automóveis ultra-rápidos e os toques de campainha a chamar todas as crianças para as aulas mexendo com a adrenalina no coração e o medo de algo perder algo no meio de tanta azáfama!
é a vida imposta em stress constante, o único remédio para nos mantermos em ritmo é nos drogarmos com café e mais café para que os olhos estejam bem abertos sem que nenhum movimento rápido nos escape à retina!!
tudo é consumido no mais reduzido espaço e tempo, todo o conhecimento que passa é só uma pequena parte, o cuspo descartável para que assim possa existir a palavra preconceito no dicionário. para quem parou por um segundo ouvem-se vozes murmurando debaixo dos nossos passeios, debaixo chão dos nossos lares, dentro das nossas mágicas televisões!!
durante horas a fio, todos os anos, alunos sentam-se nas mesas que são tão quadradas quanto pretendem moldar suas cabeças! É hora de aprender a raciocinar sem pensar, é hora de aprender a obedecer sem nunca se atrever a questionar, é tempo de descobrir como milhões de crianças em todo o mundo não passam de máquinas em construção numa fábrica.
eficientes, rápidas, infalíveis, obedientes... assim são as nossas máquinas humanas, como único efeito secundário desta mutação observa-se o stress... nada que não se possa combater com uma simpática chávena de café bem forte!