de jardim a floresta
e lembro todas as sementes que lançamos no nosso jardim. inventamos planos de revolução e sonhamos com a transformação... tinhamos tantas estórias para criar e o vento levava as ideias como notas de música pelo tempo... agora existe eu e existes tu separados pela distancia do mundo e pelo quente do atlântico que banhou as nossas rebeliões!
e tudo o que seguia a ordem era insignificante, ridicularizado pelo nossa desordem de pensamento, e o nosso caos de amor pela vida e fuga da autoridade! e mesmo com as nossas roupas rotas e cabelos despenteados, e mesmo com os olhares de medo de quem não percebia o sabor do mar, ou mesmo do verde que brotava daquela ilha flutuante, continuamos a inventar novas teorias da origem da vida e da patética (des)ordem criada pelo mundo... nos olhos o brilho de sonhar um amanhã, na mente um profundo ódio pelo ódio e a guerra por uma gota de ouro para encher o deposito das carcaças de rodas.
e criamos sub-mundos de mundos dentro de peripécias filosóficas e jardins coloridos de mistério e sedução permanente... a real luta pela liberdade do corpo e da mente, sem olhar o futuro como uma linha pendurada sobre esta caixa de ideias impostas e vazias.
hoje separados pela imensidão de uma mar outrora não explorado penso em novos caminhos desordenados com esta ideia que todos esses jardins serão portas para enormes florestas de liberdade e desbunda permanente!
Pintura a óleo de John Philip